terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Reflexão: A cor do mundo





                                            A cor do mundo


O ancião descansava, sentado em velho banco à sombra de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que estacionou a seu lado:
Bom dia!
Bom dia! Respondeu o ancião.
O senhor mora aqui?
Sim, há muitos anos...
Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo daqui. Como o senhor vive aqui há tanto tempo deve conhecê-lo muito bem.
É verdade, falou o ancião. Mas, por favor, me fale antes da cidade de onde vem.
Ah! É ótima. Maravilhosa! Gente boa, fraterna... Fiz lá muitos amigos. Só a deixei por imperativos da profissão.
Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente igual. Vai gostar daqui.
O forasteiro agradeceu e partiu.
Minutos depois apareceu outro motorista e também se dirigiu ao ancião:
Estou chegando para morar aqui. O que me diz do lugar?
O ancião, lançou-lhe a mesma pergunta:
Como é a cidade de onde vem?
Horrível! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos, arrogante! Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso!
Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o mesmo ambiente...
*   *   *
Todos vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser.
Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.
Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes.
Se nossas lentes estão escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para nós, parecerá constantemente envolto em trevas.
Se nossas lentes estão turvadas pelo desânimo, o Universo que nos rodeia se apresenta desesperador.
Mas, se ao contrário, nossas lentes estão clarificadas pelo otimismo, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos.
Se o entusiasmo é o detergente das nossas lentes, perceberemos a vida em variados matizes de luzes e cores.
A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior.
*   *   *
O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria. Cultivando-o nos sentimentos adquirimos visão para perceber o lado bom da vida que nos rodeia.
Nos céus dos que vivem com otimismo e confiança em Deus, sempre haverá andorinhas bailando no ar prenunciando gloriosas primaveras.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A cor do mundo,
 do livro Uma razão para viver, de Richard Simonetti, ed. Cac e
  no cap. Perfil do otimismo, do livro Perfis da vida, pelo 
Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de 
Divaldo Pereira Franco, ed. Alvorada.
Em 19.07.2010.

Trabalho de construção com formas geométricas de uma turma de 4ª série.

domingo, 10 de janeiro de 2016

A EDUCAÇÃO pede para PASSAR ...

Texto sobre educação: Educação reprovada, por Lya Luft
Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

   Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

   De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.

   Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

   Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

   Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

   Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.


Lya Fett Luft, natural de Santa Cruz do Sul, é romancista, poetisa, tradutora, professora universitária e colunista da Revista Veja. Já traduziu para o português mais de cem livros, entre os quais estão obras de autores como Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing,Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.


sábado, 9 de janeiro de 2016

Valorizando nossa cultura através da construção de um dos símbolos gaúchos, a gaita. 
Estes trabalhos foram feitos pelos alunos do 4º ano.
Artesanato com embalagens de leite. Reaproveitando lixo e aprendendo!


Práticas em Educação

Algumas práticas em aula através de projetos e ou sequência didáticas que renderam grandes trabalhos!!!